Pular para o conteúdo principal

Atlantis

      De todas as lendas, a que sempre me fascinou mais foi a da Atlântida: a cidade ou continente perdido. Existem muitas histórias sobre a suposta civilização submersa: várias são bastante fantasiosas, chegando a mostrar a população atlante vivendo nos dias de hoje no fundo do mar. Não é o caso deste livro. Ele foca a descoberta das ruínas e reconta a possível história por trás do mito de forma bastante original e realista.


      O canadense David Gibbins é um misto de Indiana Jones, Jacques Costeau e Dan Brown. Ele é um dos mais renomados arqueologistas marinhos do mundo. Como escritor, ele fez uso de toda sua experiência e conhecimento para escrever thrillers com ação, suspense, fatos históricos e lendas. E também foi muito bem sucedido nessa área. Seus cinco livros são bestsellers, tendo vendido no mundo inteiro quase dois milhões de cópias. No Brasil foram publicados quatro deles, sendo "Atlantis" o primeiro.
      A trama aqui é muito boa, centrada no personagem Jack Howard (como nos outros livros), arqueólogo marinho como o autor. Ele descobre relíquias de um naufrágio no mar mediterrâneo, com pistas sobre a Atlântida. Ao mesmo tempo,  também são descobertos indícios numa escavação no Egito. Logo, é formada uma única expedição com todos os envolvidos chefiada por Jack, e acabam sendo perseguidos por modernos piratas, liderados por um temido terrorista.
      Ao longo da história percebe-se que a teoria sobre a Atlântida é bem original e consistente, partindo de pesquisas reais de David Gibbins. O único porém no livro é o excesso de informações. O autor, querendo ser bastante fiel a tudo, acaba detalhando demais equipamentos e processos de investigação, e muitas vezes quebra o ritmo da narrativa. Mas para quem gosta de livros como "O Código Da Vinci" é uma boa leitura!

David Gibbins

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Let's Get Lost - Chet Baker

      Chet Baker foi um dos maiores músicos de jazz da história. Cantor e trompetista fenomenal, menos virtuoso e muito mais cool que boa parte dos jazzístas da época. Ele transbordava sensibilidade e musicalidade em sua obra. E esse documentário maravilhoso faz jus a seu imenso talento.        Todo em preto e branco, com belíssimas imagens, o filme é mais poético que documental. Ele traça toda a turbulenta história de Chet de forma não linear, não se preocupando de início em contar a vida dele, mas em seduzir o espectador com sua música e seu charme.        Os depoimentos são intercalados por cenas de Chet cercado de mulheres e admiradores (entre eles um Flea garotão), e a bordo de um Cadillac conversível, além de muitas imagens dele jovem. As partes mais duras do histórico do jazzista são deixadas para o final: suas prisões, o vício em heroína, o incidente que o fez perder vários dentes e o abandono da ex-mulher e seus quatro filhos.        Mas o diretor não busca levantar a verda

Jackson Pollock - A História (De Mentira)

      Jackson Pollock foi um pintor norte-americano expressionista abstrato. Inovador, ele não usava pincéis ou cavalete. Sua técnica consistia em gotejar ou espalhar a tinta sobre a tela com diversos instrumentos, estando ela no chão. Esta forma de pintura se chama action painting ou gestualismo.       As obras dele são densas, cheias de nuances. Nunca vi um quadro dele pessoalmente, mas em foto, o efeito das camadas de tinta é de uma textura rica, com profundidade. Adoro arte abstrata! Minha mãe é artista plástica e eu gostaria muito de ter herdado esse talento dela.       Abaixo, algumas telas de Pollock:         No excelente site sobre arte, mídias e tendências: updateordie.com , vi esta bela animação francesa de Léo Verrier. Uma homenagem em curta-metragem a esse grande artista, Jackson Pollock. Deslumbrante! Dripped from ChezEddy on Vimeo .

Mallu Magalhães - Pitanga

      Mallu Magalhães cresceu e amadureceu, e não apenas fisicamente como pode se perceber na foto. Sua música evoluiu bastante, com claras influências de seu namorado, Marcelo Camelo. E seu último disco, "Pitanga", é delicioso.       Depois de surgir aos 15 anos como um novíssimo talento da música, e toda super-exposição que veio a seguir, Mallu lançou dois bons discos homônimos. Mas ambos álbuns são baseados em seu estilo voz e violão, com poucas variações, principalmente no segundo, onde ensaia algumas mudanças.       Neste seu terceiro disco, "Pitanga", Mallu mostra todo seu potencial como cantora e compositora. Destaque para as deliciosas "Baby I'm Sure", "Velha e Louca" e "Sambinha Bom".       Seguem alguns clipes dessas músicas e um belo teaser do álbum "Pitanga" feito por Camelo, exaltando sua musa.